quinta-feira, 24 de maio de 2007

Ser ou não ser... eis a questão.

“Ser ou não ser, eis a questão! Que é mais nobre para a alma: sofrer os dardos e setas de um destino cruel, ou pegar em armas contra um mar de calamidades para pôr-lhes um fim, resistindo?" (William Shakespeare)

Por mais incrível que pareça, esta frase, que representa o dilema de Hamlet e que foi escrita por Shakespeare entre 1599 e 1604, é mais comum, presente e atual em nossos tempos do que imaginamos.Hamlet precisava escolher entre ser príncipe e ser ele mesmo... mas, e quanto a nós? Quais as nossas escolhas? Até que ponto podemos escolher sermos nós mesmos?Quantas vezes não nos sentimos como ele, impotentes, apáticos, repletos de conflitos de consciência? Quantas vezes precisamos salvar o nosso reino de sua destruição, mas somos incapazes de agir de acordo com o que nós mesmos esperamos de nós?É, eu ando melancólico, é fato... mas de alguma forma, a melancolia me ajuda a acentuar minha visão e aguçar os meus sentidos. Pensar fortalece a intuição e permite ver coisas que no ritmo frenético da vida, seriam impossíveis de serem percebidas. Não pretendo exitar como Hamlet e deixar de fazer o que devo fazer. Mas prefiro ser prudente e pensar antes de agir. Ao contrário da personagem, acredito que podemos mudar o destino, e que a vida, por mais breve que seja, pode nos proporcionar todas as oportunidades que precisamos para sermos felizes... é só querer enxergar. Eu quero. E você?

2 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Leandro. Shakespeare é imortal por isso! Nunca ninguém disse a mesma coisa de forma tão originária e original, exceto Jesus Cristo, que pra mim foi o maior dos poetas que já passou por aqui. William fica num honroso segundo lugar, depois penso em Cervantes e Dante. Mas voltando a Shakespeare, o grande Machado de Assis já dizia e endosso: "Ainda que não existe mais império britânico e que não se fale inglês; falar-se-á Shakespeare". O que demonstra na opinião do Machado e de muitos que William estav acima até do idioma e de sua pátria, por ser eterno e universal. Gostei de teu blog. Quando der visite o meu, chamado ControlVerso... http://controlverso.blogspot.com Um abraço, do amigo Zé Roig.

Suellen Rubira disse...

Hamlet estava destinado a ser um príncipe...e para ser príncipe a sociedade pensa que a pessoa tem que ser perfeita...esquecendo de que ninguém é perfeito. Ele tinha que bancar o bonitinho ou então chutar o pau da barraca e assumir tudo aquilo que queria sentir, viver. Tu não será um príncipe (não no sentido literal da palavra!) então não precisas ser o bonitinho. Mesmo que a gente aja de acordo com o que todo mundo pensa, sempre tem um que acha ruim. Não dá pra agradar todo mundo, então por que não agradar em primeiro lugar a pessoa mais importante no mundo pra ti: tu mesmo!
Comece falando o que quiser falar sem medo das reações...comece dizendo "eu não me permito passar por tal situação só porque fulano pensa que estarei feliz assim". Esse é o começo. Certo dia eu te disse que nunca mais iria me deprimir catastróficamente e se tu tens uma boa memória (sei que tens!) faz muito tempo que não fico mauzona achando que o mundo é malvado e eu sou a coitada. Tudo uma questão de atitude...e uns tapinhas na cara.
Ser ou não ser? Seja você mesmo!